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Monteiro, Barros e Castro, a origem

Conhecer a origem dos sobrenomes dessa árvore genealógica é de suma importância. Logo abaixo será contada a estirpe histórica dos Monteiros, Barros e Castros com origem no velho mundo, bem como seus brasões e primeiras pessoas a utilizar-se desses sobrenomes tão difundidos no Brasil:

Monteiro é um sobrenome português primitivo, tendo sua origem em uma alcunha do portador inicial, se origina em "caçador dos montes; guarda da mata; oficial da casa real que dirige as caçadas reais". Na história ficou registrado o nome de D. Fernão Rodrigues Monteiro, mestre da Cavalaria de Aviz em tempo dos reis D. Sancho I, D.Afonso II e D. Sancho II. Documentos históricos comprovaram que o sobrenome Monteiro existe desde o século XV. Possivelmente o primeiro Monteiro nasceu em Portugal, e se chamava Tomé Monteiro, ele era um simples cavaleiro do rei, mais seu caráter e suas habilidades como lutador o destacaram dos demais cavaleiros. Logo seus talentos foram conhecidos pelo próprio rei, que o deu algumas propriedades e o promoveu a chefe da guarda real. Ele administrou muito bem a sua propriedade, se tornou um homem muito rico e também um cavaleiro templário. Ele teve quatro filhos, eram eles: Miguel, Manoel, Pedro e Judas. Com exceção de Manoel, todos os filhos ficaram em Portugal e administraram as suas propriedades. Manoel veio para a ilha de Vera Cruz (atualmente o Brasil), aqui ele teve vários filhos, eles serviram a todos os reis de Portugal, alimentaram a fortuna da família em milhões. Durante uma época o sobrenome Monteiro se tornou sinônimo de poder, os filhos e netos de Manoel escravizaram vários índios e foram uma das primeiras famílias a trazer negros para o Brasil. Com o tempo os Monteiros criaram várias tradições, uma delas foi a da espada, o filho homem mais velho sempre guarda a espada da família, atualmente a espada está com o senhor Miguel Alves Monteiro Filho. No século XIX os Monteiro se dividiram, alguns foram para o nordeste, para Minas Gerais, os outros ficaram no estado de São Paulo.

Barros é um sobrenome de origem portuguesa, considerado como sendo um toponímico, pois um barro era uma casa ou habitação de um lavrador; pode também ser derivado de uma alcunha, sendo comparado ao sobrenome Barroso " o que tem barros ou espinhas no rosto ". Existem documentos do século XIII que citam um certo Domicius Cervejo de Barro. A família procede do Solar de Barros, do Concelho de Regalados, provincial portuguesa entre o Douro e o Minho. Essa família Barros procede de Gonçalo Nunes de Barros, senhor de Castrodairo, no tempo de D. João I. O sobrenome Barros começou a ser conhecido em Portugal no tempo do Rei D. Diniz quando teve neste reino muitos Morgados, propriedades, fazendas e terrenos, sendo desta família o grande cronista João de Barros. Barros seria um derivado de Barreira, "lugar de onde se extrai barro". Provavelmente, o primeiro indivíduo a se destacar com o uso deste sobrenome deveria morar próximo a tal lugar ou trabalhar nele. Outras derivações seriam Barroso e Barreto, apelido dado aos que trabalhavam com o barro, fazendo vasilhas de cerâmicas, telhas e tijolos, fosse por profissão, fosse pelas condições de clima e solo na região onde moravam. No Brasil, a família Barros predomina mais no nordeste, no norte e sudeste do lado da América que pertenceu aos portugueses, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, Ceará, Bahia, Piauí, Maranhão e Pará. Os que se misturaram do lado oeste de domínio espanhol variaram seus sobrenomes para Barrios, Barroso, Barradas e Barraus, nomes que aparecem no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esses também se dedicaram à agricultura e à criação de caprinos e bovinos em todo o sertão durante toda a colonização. O sobrenome Barros aparece em Pernambuco desde a época das capitanias hereditárias do Ceará, com a de Antônio Cardoso de Barros e a de João de Barros. Outros desse sobrenome Barros vieram com Tomé de Souza e Duarte da Costa com cujas famílias Sousa e Costa se relacionaram, veio também com o Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros. Provavelmente as famílias Monteiro e Barros se fundiram lá mesmo, em Portugal.

Castro é a designação de ruínas ou restos arqueológicos de um tipo de povoado da Idade do Cobre e da Idade do Ferro característico das montanhas do noroeste da Península Ibérica, na Europa. Um castro típico é fortificado por uma até quatro muralhas, mas mais comumente três, que complementam as defesas naturais do sítio. As casas têm cerca de três a cinco metros de diâmetro, e são na sua maioria circulares com algumas retangulares, feitas de pedra solta e terra, com telhado cónico de colmo suspenso por um pilar de madeira central. As ruas são algo regulares, sugerindo organização social avançada. Os castros variam de algumas dezenas a algumas centenas de metros em diâmetro. Julga-se que os castros eram locais de refúgio durante as guerras tribais Célticas e pré-Célticas, mas muitos, incluindo todas as citânias, eram verdadeiros centros populacionais continuamente habitados. A palavra então foi utilizada como sobrenome por portugueses e espanhóis, classificado como sendo um toponímico, vem do latim castrum (castelo, fortaleza, forte). Em forma arcaica foi registrado como Crasto. Dom Rui Fernandes de Castro, rico homem de el-rei Dom Afonso VII, foi o primeiro a utilizar o sobrenome Castro, que tomou da vila de Castro Xerez. Designa todos os indivíduos que moravam ou provinham das Citelas de Castro. O mais antigo registro do nome Castro no Brasil é a do cap. Antônio de Castro [c. 1609 – 1700, RJ], filho de Antônio de Castro, que deixou larga descendência, a partir de 1639, com Felipa de Sá [c. 1619 – 1702, RJ], da casa do Gov. Salvador Correia de Sá (Rheingantz, I, 328). Mais 13 famílias com este sobrenome, nos séculos XVI e XVII, deixaram numerosa descendência no Rio de Janeiro. Não se pode considerar que todos os Castro existentes no Brasil, mesmo procedentes de Portugal, sejam parentes, porque são inúmeras as famílias que adotaram este sobrenome pela simples razão de ser de origem geográfica, ou seja, tirado do lugar de Castro. O mesmo se aplica no campo de heráldica. Jamais de pode considerar que uma Carta de Brasão de Armas de um antigo Castro se estenda a todos aqueles que apresentam este mesmo sobrenome, porque não possuem a mesma origem.

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