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A maior árvore genealógica do mundo

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Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos liderados pelo, também apelidado de “hacker de genoma”, Yaniv Erlich utilizou dados extraídos de sites de genealogia online, construindo o que talvez venha a ser a mais extensa árvore genealógica já montada totalizando 13 milhões de pessoas, com dados desde o século XV, o que a torna a mais abrangente da sua "espécie" até então.

Yaniv Erlich, o hacker de genoma

Os estudiosos, que trabalham no Instituto Whitehead, de Cambridge, usaram informações disponíveis nos sites myheritage.com e geni.com, em que os usuários, voluntariamente, montaram suas árvores genealógicas particulares. Desta maneira, ao confrontar estes dados, os pesquisadores elaboraram uma enorme árvore com ramificações que podem remontar o passado genealógico de cada indivíduo.

 

Além de fornecer a “lista de convidados” para o que seria a maior reunião de família do mundo, o trabalho apresentado pelo biólogo computacional na reunião anual da Sociedade Americana de Genética Humana, em Boston, poderia revelar uma nova ferramenta para entender até que ponto os genes contribuem para certas características de família permitindo também informações como número médio de filhos por família, longevidade e identificar casamentos entre parentes distantes pela análise da "distância horizontal" entre maridos e esposas.

As chamadas linhagens (ou pedigree) foram disponibilizadas para outros pesquisadores, mas Erlich e sua equipe do Instituto Whitehead, em Cambridge, Massachusetts, omitiram os nomes dos participantes para proteger a privacidade e cruzaram as suas informações com amostras de bancos de DNA.

 

As linhagens fornecem pistas sobre a herança genética. Por exemplo, através da comparação de um indivíduo aos seus parentes mais distantes na árvore genealógica, a mudança na frequência de uma determinada característica, como a fertilidade, pode indicar em que medida o traço existe nas suas raízes genéticas.

 

A árvore também pode fornecer pistas sobre se a característica é controlada por poucos genes que têm grandes efeitos ou por muitos genes que fazem contribuições menores. Porém, como foi dito no início desse artigo, é preciso anos para reunir dados genealógicos.

 

No passado, os pesquisadores reuniam meticulosamente esses dados a partir de registros da igreja e de voluntários individuais. Erlich e sua equipe decidiram agilizar o processo de coleta de dados avaliando mais de 43 milhões de perfis públicos no site de genealogia geni.com. Os perfis incluíam as datas de nascimento e morte, bem como os locais.

 

A equipe reuniu os dados em árvores genealógicas que variaram de algumas centenas de indivíduos até 13 milhões de pessoas. Apesar do esforço do pesquisador, ainda não está muito claro como os resultados do estudo serão usados. Porém, Kári Stefánsson, fundador de uma empresa de estudos genéticos afirmou que esta é uma abordagem incrivelmente poderosa e está confiante de que a análise genealógica vai desempenhar um papel importante em estudos genéticos no futuro.

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