top of page

Maria da Conceição Monteiro de Castro

8.1

 Nascida provavelmente em outubro de 1799 em Congonhas do Campo, primogênita do casal Domiciano e Maria do Carmo. Casou com seu tio, Coronel e Comendador da Ordem de Cristo, José Joaquim Monteiro de Barros, filho do Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros e Margarida Eufrásia da Cunha Matos, que além de seus sogros são seus avós maternos. Uma tradição oral da família, transmitida de pai para filho, e descrita no livro de Brotero diz que este casamento constitui o maior elogio que se possa fazer ao Coronel José Joaquim; define seu coração generoso, um temperamento grandioso e altruísta. Sua irmã Maria do Carmo, ficou viúva em condições pouco lisonjeiras de fortuna; o falecido marido Domiciano Ferreira de Sá e Castro, deixara poucos bens e parcos recursos para sustentar nada menos que doze filhos, quase todos menores. A situação não era de rosas; ao contrário, um tanto precária. O Coronel José Joaquim, solteiro e abastado, não permitiu que a irmã e sobrinhos sofressem a menor privação; recolheu-os à sua casa, sustentando a todos e aos sobrinhos dando esmerada educação e posição social, e, para apertar mais os laços de amizade, casou com a sobrinha mais velha, com D. Maria da Conceição. Essa história, como contada na página anterior. A verdade é que Maria do Carmo Monteiro de Barros faleceu antes do marido e José Joaquim e Maria da Conceição já eram casados antes mesmo do óbito de Maria do Carmo. José Joaquim "por cabeça de sua mulher", herdou a herança bem como a tutela dos seus sobrinhos menores de idade.


O Coronel José Joaquim não limitou-se a minerar em sua província natal; por decreto real de 3 de novembro de 1809 foi nomeado primeiro diretor mineiro para a Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, para o exame e exploração de terrenos auríferos. Os trabalhos foram iniciados a 28 de maio de 1810 e foram encerrados em setembro de 1812, quando voltaram os interessados à Corte levando os produtos da mineração. A 30 de setembro de 1812 os diretores mineiros receberam do Tesouro dos Rendimentos Reais, ouro em pó, 5 bruacas, produtos da exploração para conduzirem à corte do Rio de Janeiro. Em 1º de outubro de 1812 é feito o último pagamento aos diretores mineiros, Porto Alegre.


Não sabemos se nestes trabalhos, de curta duração, foi interessado o seu cunhado e sogro Domiciano Ferreira de Sá e Castro, pai de Francisco Ferreira dos Santos (por antonomásia Chico Mineiro). O lar feliz do Coronel José Joaquim foi abençoado e dez filhos dele provém:

8.1.1 - Dr. José Joaquim Ferreira Monteiro de Barros
8.1.2 - Dr. Domiciano Ferreira Monteiro de Barros
8.1.3 - Padre Francisco Ferreira Monteiro de Barros
8.1.4 - Maria da Conceição Monteiro de Barros
8.1.5 - Helena Monteiro de Barros
8.1.6 - Margarida Eufrásia Monteiro de Barros
8.1.7 - Tenente Vicente Ferreira Monteiro de Barros

8.1.8 - Dr. Antônio Pedro Monteiro de Barros

8.1.9 - Ana Ferreira Monteiro de Barros

8.1.10 - Francisca Monteiro de Barros

Francisco Ferreira dos Santos, Neto

8.2

 Francisco Ferreira dos Santos cognominado Chico Mineiro, nasceu cerca de 1801, em Congonhas do Campo, Minas Gerais e faleceu a 18 de julho de 1855, em São Sepé, Rio Grande do Sul. Teria ido de Minas Gerais para o Rio Grande do Sul no primeiro quartel do século XIX, possivelmente por sugestão do seu tio e cunhado, o coronel e comendador José Joaquim Monteiro de Barros, que por lá andou encarregado pelo governo real, por ser muito prático em mineração, afim de examinar os veios auríferos daquela Capitania (de 1810 a 1812) inaugurando, então, oficialmente a exploração de ouro no Rio Grande do Sul.

Francisco Ferreira dos Santos, em 1824, servia como ajudante de administrador da Fazenda Real, em Santa Ana do Livramento, tendo adquirido neste mesmo ano, de Joaquim Antônio de Alencastro sobras da sesmaria de campo, denominada Santo Aniceto, na faixa do rio Uruguai, no atual município de Uruguaiana e que seus herdeiros venderam, em 25 de julho de 1860. Em 1830 fixou-se no Rio Pardo, onde a 8 de maio, adquiriu, juntamente com seu tio o referido coronel José Joaquim Monteiro de Barros (irmão de sua mãe), seis quinhões dos herdeiros da Fazenda São Sapé, no Rincão do Inferninho, permanecendo a sociedade até 1856.

 

Chico Mineiro, quando solteiro, teria tido uma filha natural, Zaferina Maria dos Santos. Francisco Ferreira dos Santos casou a 23 de novembro de 1826, em Rio Pardo com d. Maria Francisca Ferreira Neves (Chiquinha), nascida a 15 de agosto de 1804, em Rio Pardo, onde faleceu a 1 de novembro de 1874, filha do sargento-mor José Joaquim de Figueiredo Neves, natural do Arraial de Santo Antônio da Casa Branca, comarca de Vila Rica, bispado de Mariana, Minas Gerais e de d. Francisca Ermelinda de Andrade, natural de Rio Pardo. Chico Mineiro e Chiquinha tiveram 5 filhas:

8.2.1 - Maria do Carmo Ferreira de Castro I
8.2.2 - Francisca Ferreira de Castro
8.2.3 - Maria do Carmo Ferreira de Castro II
8.2.4 - Ana Carolina Ferreira de Castro
8.2
.5 - Domiciana Ferreira de Castro

Padre Vicente Ferreira Monteiro de Castro

8.3

 Nasceu no dia 26 de abril de 1802 em Congonhas do Campo, sendo o terceiro filho de Domiciano Ferreira e Maria do Carmo. Habilitou-se, de genere et moribus, em Mariana, no ano de 1823. Ordenado, na mesma localidade, a 24 de maio de 1825. No ano de 1840 foi nomeado para Vigário da Capela do Arraial de Madre de Dios do Angu – distrito de Angustura - em São José de Além Paraíba, onde ficou até 1858-1959 e substituído pelo Monsenhor Henrique Borges de Souza Aciole.


Faleceu em 6 de maio de 1863 na Fazenda do Bom Jardim no mesmo distrito onde foi vigário (São José de Além Paraíba). Foi sepultado no Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento. De acordo com várias pesquisas podemos resumir que Vicente Ferreira Monteiro de Castro foi um vigário que dedicou-se também à lavoura em sua importante fazenda de café. Conforme fonte oral Padre Vicente teve vários filhos naturais com Joana Angélica e com Cândida Maria da Conceição. Esta última viveu e residiu na Fazenda do Bom Jardim em Angustura, com o Padre entre 1840 até 1859, quando ele faleceu.  A seguir a prole de Cândida Maria, sendo o primeiro filho de Joana Angélica.

8.3.1 - José Joaquim Ferreira Campos
8.3.2 - Elisa Maria da Conceição Castro
8.3.3 - José Joaquim de Castro

8.3.4 - Antônio José de Castro  

8.3.5 - Maria do Carmo de Castro

8.3.6 - Vicente Ferreira de Castro

8.3.7 - Francisco Ferreira de Castro

8.3.8 - Domiciano Ferreira de Castro 

8.3.9 - Margarida Eufrásia de Castro

8.3.10 - Francisca M. de Castro

Ana Helena Monteiro de Castro

8.4

 Nasceu em 1803 em Congonhas do Campo. Casou com Protásio Antônio Silva Pinto, filho do Capitão Antônio Elias da Silva Rezende e de sua mulher Ana de Jesus Góes e Lara; neto paterno de José Antônio da Silva e de Maria Helena de Jesus (filha de João de Rezende Costa casado em 3 de outubro de 1726 com Helena Maria); neta materna do Capitão Francisco Pinto Rodrigues e Ana Maria Bernardes de Góes, citada em Livro de Silva Leme, Títulos Tenórios, por intermédio de quem podemos ligar à Genealogia Paulistana, toda a enorme descendência de Antônio Elias da Silva Resende, hoje espalhada pelo território mineiro. Deste casamento provêm seis filhos:

8.4.1 - Domiciano Ferreira Monteiro da Silva
8.4.2 - José Joaquim Monteiro da Silva – Barão de Santa Helena
8.4.3 - Francisco Pedro Monteiro da Silva
8.4.4 - Maria da Conceição Monteiro da Silva – Baronesa das Três Ilhas
8.4.5 - Francisca Monteiro da Silva
8.4.6 - Marcos Monteiro da Silva

Manuel José Monteiro de Castro

8.5

Nasceu em Congonhas do Campo a 3 de abril de 1805, sendo o quinto filho de Domiciano Ferreira e Maria do Carmo. Faleceu na Fazenda União, da qual era dono, em Leopoldina, a 27 de fevereiro de 1868.Como oficial de Milícias, bateu-se em favor da legalidade no levante militar de Ouro Preto no ano de 1833. Exerceu vários cargos de eleição popular, presidente da Câmara Municipal em 1860, Comendador Imperial Ordem da Rosa e finalmente agraciado com o título de Barão de Leopoldina, por decreto de 6 de setembro de 1862 (Título de origem toponímica, Leopoldina - o antigo arraial de Feijão Cru passou a vila em 1854 com este nome, em homenagem à princesa D. Leopoldina, filha de D. Pedro II).

Casou a 29 de novembro de 1828 com sua prima Clara Monteiro de Barros Galvão de São Martinho, falecida em sua província natal a 24 de dezembro de 1872, filha do Comendador Manuel José Monteiro de Barros (Irmão de Maria do Carmo M. de Barros, seu tio) e de Inês de Castro Galvão de São Martinho. De seu casamento provêm 9 filhos:

8.5.1 - Inês Galvão de São Martinho Monteiro de Castro
8.5.2 - Francisca de Assis Monteiro de Castro
8.5.3 - Dr. Manuel José de Castro Monteiro de Barros
8.5.4 - Dr. José Cesário de Castro
8.5.5 - Maria do Carmo Monteiro de Castro
8.5.6 - Domiciano Ferreira de Sá e Castro
8.5.7 - Lucas Manuel Monteiro de Castro
8.5.8 - Antônio Augusto de Pádua Monteiro de Castro
8.5.9 - Clara Augusta Monteiro de Castro

Matheus Herculano Monteiro de Castro

8.6

 Sexto filho de Domiciano e Maria do Carmo. Nasceu em a 3 de abril de 1805, irmão gêmemo do Barão de Leopoldina citado acima, baztizado na Matriz de Congonhas do Campo em 14 de abril de 1805. Casou com Rosa Ferreira de Azevedo, tia do Conselheiro Lafaiete (irmã de sua mãe), e faleceu a 25 de abril de 1883, havendo nove filhos:

8.6.1 - Dr. Lucas Mateus Monteiro de Castro
8.6.2 - Dr. Domiciano Mateus Monteiro de Castro
8.6.3 - Coronel Antônio Mateus Monteiro de Castro
8.6.4 - José Mateus Monteiro de Castro  
8.6.5 - Dr. João Evangelista Monteiro de Castro

8.6.6 - Rosa Monteiro de Castro

8.6.7- Inês Monteiro de Castro – Baronesa de São José do Rio Preto

8.6.8 - Florentina Monteiro de Castro

8.6.9 - Ana Augusta Monteiro de Castro

Assinatura de Mateus Herculano no Primeiro Livro de Atas das Assembleias Eleitorais de Leopoldina. Ele foi um dos eleitores presentes

à Assembléia de 29 de janeiro de 1861, do colégio eleitoral de Leopoldina, pertencente ao 3º Distrito Eleitoral da Província de Minas Gerais, sediado em Barbacena. Obs.: Compunham o colégio eleitoral os cidadãos com renda superior a 200$000 anuais.

Margarida Eufrásia Monteiro de Castro

8.7

 Sétima filha de Domiciano e Maria do Carmo, nascida em 1806 em Congonhas do Campo. Há poucas informações a seu respeito. Casou com Gervásio Antônio da Silva Pinto, irmão de Protásio referido acima, onde consta a ascendência. Deste casal provêm seis filhos:

8.7.1 - Major Agostinho Fortunato Monteiro da Silva
8.7.2 - Dr. Manuel José Monteiro da Silva
8.7.3 - Major José Antônio Monteiro da Silva
8.7.4 - Maria do Carmo Monteiro da Silva
8.7.5 - Francisca de Paula Monteiro da Silva
8.7.6 - Elias Antônio Monteiro da Silva

Jacinto Manuel Monteiro de Castro

8.8

 Nasceu em 1807 em Congonhas do Campo, sendo o oitavo filho de Domiciano e Maria do Carmo. Casou com Maria da Conceição Monteiro de Barros, filha do Coronel José Joaquim Monteiro de Barros (irmão de sua mãe) e de Maria da Conceição Monteiro de Castro (sua irmã); neta paterna do Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros e  de Margarida Eufrásia da Cunha Matos e neta materna de Domiciano Ferreira de Sá e Castro e Maria do Carmo Monteiro de Barros, a qual era filha do dito Guarda-Mor. Em pesquisas constam que na data de 9 de maio de 1818 foi concedido a Jacinto Manuel uma sesmaria nas Margens do Rio Paraíba, no caminho do Cantagalo, além das Serras Bonita ou pelos lados do mesmo caminho, ou no Ribeirão do Limoeiro ou Conceição, Termo de Barbacena. Jacinto Manuel e Maria da Conceição tiveram 2 filhos:

8.8.1 - Maria da Conceição Monteiro de Castro
8.8.2 - José Joaquim Monteiro de Castro

​​Joana Monteiro de Castro

8.10

 Décima filha de Domiciano e Maria do Carmo. Nasceu em 1809 em Congonhas do Campo. Casou com Francisco de Paula Ribeiro, filho de João Ribeiro Avelar e de Leonarda Maria de Rezende. Leonarda era filha do Coronel Severino Ribeiro, casado a 26 de setembro de 1764 com Josefina Maria de Rezende, filha de João de Rezende da Costa casado a 3 de outubro de 1726 com Helena Maria. Esta, uma das legendárias ilhôas, era filha de Manuel Gonçalves e Maria Nunes naturais do arquipélago de Açores. Francisco e Joana tiveram duas filhas:

8.10.1 - Maria do Carmo Monteiro Rezende
8.10.2 - Francisca de Paula Monteiro Rezende

Antônio Domiciano Monteiro de Castro

8.11

 Décimo primeiro filho de Domiciano e Maria do Carmo. Nasceu em 1811 em Congonhas do Campo. Casou com Ana Antônia de Paula, filha de Francisco de Paula Santos e de Prudenciana Umbelina de Paiva. Sem gerações.

​​Elena Monteiro de Castro

8.12

 Décima segunda filha de Domiciano e Maria do Carmo. Nasceu em 1812, em Congonhas do Campo. Provavelmente morreu na infânica. Sem mais notícias.

Coronel José Joaquim Monteiro de Castro

8.13

 Nasceu em 1813 em Congonhas do Campo. Casou três vezes. A primeira com sua sobrinha Maria do Carmo Monteiro da Silva, filha de Gervásio Antônio da Silva Pinto e de Margarida Eufrásia Monteiro de Castro (irmã do Coronel). A Segunda vez com Ana Nóbrega de Airosa, da família Nóbrega, com quem não teve filhos. A terceira com sua prima Ambrosina Monteiro de Barros, filha de Lucas Augusto Monteiro de Barros, o 1º barão de Congonhas do Campo. Teve sete filhos com a primeira e quatro com a terceira mulher:

8.13.1 - Gervásio Antônio Monteiro de Castro
8.13.2 - Margarida Monteiro de Castro
8.13.3 - Maria do Carmo Monteiro de Castro
8.13.4 - Domiciano Ferreira Monteiro de Castro
8.13.5 - Dr. José Ferreira Monteiro de Castro
8.13.6 - Clara Monteiro de Castro
8.13.7 - Elias Monteiro de Castro

8.13.8 - Maria José Monteiro de Castro

8.13.9 - Alberto Monteiro de Castro

8.13.10 - Francisco Nelson Monteiro de Castro

8.13.11 - Dr. Gustavo Monteiro de Castro

João Monteiro de Castro

8.14

 

Décimo quarto filho de Domiciano e Maria do Carmo. Nasceu em 1814, em Congonhas do Campo. Provavelmente morreu na infânica. Sem mais notícias.

Deixaremos 8.9 Lucas Antônio para a próxima página, e continuaremos com o próximo. Se acaso quiser ver antes, clique aqui.

bottom of page