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Heráldica

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heráldica é a arte de formar e descrever o brasão de armas, que é um conjunto de peças, figuras e ornatos dispostos no campo de um escudo ou fora dele, e que representam as armas de uma nação, país, estado, cidade, de um soberano, de uma família, de um indivíduo, de uma corporação ou associação. As origens da heráldica remontam aos tempos em que era imperativo distinguir os participantes das batalhas e dos torneios, assim como descrever os serviços por eles prestados e que eram pintados nos seus escudos. No entanto, é importante notar que um brasão de armas é definido não visualmente, mas antes pela sua descrição escrita, a qual é dada numa linguagem  própria – a linguagem heráldica.

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Ao ato de desenhar um brasão dá-se o nome de brasonar. Para termos a certeza de que os heraldistas, após a leitura das descrições, estão a brasonar corretamente, criando brasões precisos e semelhantes entre si, a arte de brasonar segue uma série de regras mais ou menos estritas.

A primeira coisa que é descrita num escudo é o esmalte (cor) do campo (fundo); seguem-se a posição e esmaltes das diferentes figuras (objetos) existentes no escudo. Estas cargas são descritas de cima para baixo, e da direita (dextra) para a esquerda (sinistra). Na verdade, a dextra refere-se ao lado esquerdo do escudo, e a sinistra ao lado direito, tal como este é visto pelo observador. A razão porque isto sucede prende-se com o fato de a descrição se referir ao ponto de vista do portador do escudo, e não do seu observador.

Embora a palavra escudo seja comumente utilizada para se referir ao brasão de armas no seu todo, na realidade, o escudo é apenas um dos elementos que compõem um brasão de armas. Numa descrição completa, o escudo pode ser acompanhado por outros elementos, como suportes, coronéis, listéis com motes (ou lemas) também incluem:

Timbre: representa os emblemas que os cavaleiros colocavam no topo dos seus elmos, para melhor serem identificados nos torneios. O timbre é colocado sobre o virol e, ao contrário das figuras inseridas no escudo, pode ser figurado de forma naturalista;

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Virol: é a reprodução da fita que amarrava o timbre ao elmo. Representa-se com duas cordas entrelaçadas, uma da cor do metal principal do escudo e a outra da cor do esmalte principal;

Elmo: é a reprodução dos elmos dos cavaleiros. Na heráldica de alguns países a cor, o formato e a posição do elmo, indica o estatuto da entidade representada;

Paquifes: são a reprodução do tecido que alguns cavaleiros colocavam sobre os elmos, para se protegerem do calor. São, normalmente representados com duas cores, uma a do metal principal do escudo e, a outra, a do esmalte principal;

No entanto, muitos escudos apresentam por vezes duas formas distintas: uma complexa, e outra simplificada, reduzida ao escudo propriamente dito (o que sucede por vezes quando há pouco espaço para inserir o brasão de armas maior). Inúmeros países apresentam assim as chamadas armas maiores e armas menores.

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O foco da heráldica moderna é o brasão, ou cota de armas, cujo elemento central é o escudo. Em geral, a forma do escudo empregado numa cota de armas é pouco relevante, porque as formas de escudo que foram apropriadas pela arte heráldica evoluíram através dos séculos, mas é claro que há ocasiões em que um brasão especifica um formato particular de escudo. Uma figura é um objeto aposto num escudo heráldico ou em qualquer outro objeto de uma composição armorial. Qualquer coisa encontrada na natureza ou na tecnologia pode aparecer num armorial como uma figura heráldica. Figuras podem ser animais, objetos ou formas geométricas. As figuras mais frequentes são a cruz, com suas centenas de variações, o leão e a águia.

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Aqui no Brasil, o órgão responsável pelo processo de registro de um brasão familiar foi a Secretaria de Estado dos Negócios do Império, criada pelo decreto de 13 de novembro de 1823, que dividiu em duas pastas a antiga Secretaria de Estado dos Negócios do Império e dos Estrangeiros, encarregando cada uma delas a um diferente ministro.

O Brasão de Armas da família Monteiro de Barros, de onde descende a família Monteiro de Castro, foi ostentado por todos os seus membros, desde o Período Colonial. Alterava-se o “Elmo” sobre o Brasão, utilizando-se a coroa correspondente ao Título Honorífico de cada um dos titulares. O Brasão de Armas teve seu processo de registro e confirmação no Brasil, na Secretaria do Império, pleiteado por Maria Eugenia Monteiro de Barros – Condessa Monteiro de Barros – em 5 de novembro de 1888, por esse fato ele é apresentado à esquerda com o Elmo de Conde. Ao lado está a arte original apresentada e registrada oficialmente.

 

A alguns anos atrás, a Carta do Brasão de Armas – CBA - original confeccionado em 1885 foi encontrado por um colecionador na feirinha de antiguidade do MASP-Museu de Arte de São Paulo, foi para em Campinas. Atualmente e desconhece-se a pessoa que é dona do artefato.

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