A origem dos nomes
Os nomes próprios surgiram em decorrência das mais diversas circunstâncias. Entre as quais destacamos: a fauna, a flora, o reino mineral, as circunstâncias físicas, o sentimento religioso pela divindade, etc. A maioria dos nomes Gregos e Hebraicos expressam um profundo sentimento religioso pela divindade. Exemplos como Daniel (Deus é meu juiz), Dositeu (o que dá a Deus).
A par com a religião está a família como outra razão importantíssima na escolha dos nomes.
Dá-se a uma criança o nome do pai ou da mãe, do avô ou da avó, de um aparente ou parenta, irmão ou irmã, tia ou tio, etc. Também um nome pode ter a sua razão no sobrenome do pai ou de um antepassado ou parente. Perpetua-se assim uma ideia familiar ou um sentimento de afeto. E esse antigo costume, de dar ao filho o nome do pai ou do avô, encontrado entre os gregos e os romanos, perdura até os dias atuais no nosso continente: em todas as camadas sociais.
A importância ou valor dos nomes está diretamente associado àquilo que ele representa. Para os antigos povos, não ter nomes é sinônimo de não existir.
"Cuida do teu nome, porque ele te acompanha, é mais do que milhares de tesouros preciosos. os bens da vida duram certo número de dias ao passo que o bom nome permanece para sempre".
Segundo Mansur Guérios, em seu livro, Nomes e Sobrenomes: "A existência dos antropônimos (nomes das pessoas, vem da palavra Antroponímia que é o estudo dos nomes próprios de pessoas) está documentada em todos os povos, em todas as línguas, em todas as culturas, em todos os tempos, desde os primórdios da humanidade. E quando eles surgiram, levavam consigo um significado que, em geral, traduzia qualquer realidade condizente com os indivíduos seus portadores".
Segundo Weslley L. Duewel, em seu livro, a palavra "Nome", como usada nos dias de Cristo, incluía três coisas:
a) O nome é a pessoa
b) O nome representa tudo o que sabemos da pessoa
c) O nome é a pessoa efetivamente presente
Portanto, o nome, para os antigos, era muito mais que um vocativo ou designativo de pessoa ou coisa, ele representa, de certa maneira, algum traço do caráter, da personalidade e, até mesmo, algum atributo do seu portador. Contudo, devemos ponderar que essa não era uma regra geral ou absoluta que pudesse ser aplicada a todas as pessoas. Pois, como bem nos mostra a Bíblia Sagrada, há indivíduos cujo caráter não possui nenhuma relação com o seu nome.
Nesse sentido já vem de longe a superstição de que o nome pode exercer influência no caráter e no destino da pessoa do seu portador. Pois é bem conhecida de todos a expressão proverbial dos romanos: "O nome é um augúrio". Platão reconhecia nos nomes uma certa virtude profética, uma espécie de fatalidade que lhe andava anexada, e que determina a maneira de existir. O nome é algo importantíssimo na vida de pessoas como eu e você. Enfim, conhecer a etimologia de um nome é transpor o abismo cultural e levar as pessoas a vivenciar o contexto sociocultural e religioso das antigas civilizações.